A rodovia SC 411 tem seu início no município de Tijucas e corta as principais cidades do Vale do Rio Tijucas. Todos os dias, centenas de trabalhadores se deslocam através dessa rodovia. Muitos deles, preocupados com o que têm ouvido na mídia a respeito da “rodovia da morte”, como foi carinhosamente apelidada a SC 411.
São registrados nessa rodovia, quase que diariamente, os mais diversos tipos de acidentes: de atropelamentos a colisão de caminhões. Algo é certo: a responsabilidade por essa situação é divida entre os administradores públicos da rodovia e os próprios motoristas.
É difícil acreditar que faltam verbas no setor de transportes, um dos que mais arrecada impostos.A rodovia estadual não é duplicada. Suas condições ruins contribuem para o alto número de acidentes. Principalmente em época de eleições, sobram promessas e falta trabalho.
Quanto aos motoristas, muito se discute o “se dirigir, não beba”. De fato, dirigir depois de beber realmente é uma estupidez. Ocorre que, em caso de acidente decorrente da alcoolemia do motorista, o prejudicado não será só o estúpido – sempre sobra para alguém inocente.
Além da alcoolemia, a “economia” – definindo melhor: a avareza – é responsável por boa parte dos acidentes. Disposto a economizar a qualquer custo, o motorista abre mão dos itens indispensáveis de segurança, o que inclui a revisão regular do veículo. Certamente, a revisão não sai tão cara quanto o serviço de hospital que pode decorrer de uma irresponsabilidade desse tipo.
Cabe aos trabalhadores que utilizam essa via regularmente cobrar das autoridades competentes que promessas se tornem realidade. Cobrar uma forte campanha de conscientização da população para os riscos de dirigir embriagado ou de não se certificar do estado seguro do veículo. E, é claro, fazer a sua parte, visto que seria ilógico tentar corrigir em outra pessoa o defeito que você não conseguiu corrigir em si mesmo.